Psicomotricidade Aplicada à Inclusão de Crianças com Transtorno do Espectro Autista no Ambiente Escolar
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17754021Resumo
A psicomotricidade aplicada à inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ambiente escolar constitui eixo fundamental para compreender como o corpo em movimento contribui para o desenvolvimento global e para a participação efetiva desses estudantes. Este estudo analisa a relevância dessa abordagem no contexto educacional, destacando a relação entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais que compõem o processo de aprendizagem. A pesquisa, de caráter qualitativo, descritivo e bibliográfico, investiga referenciais teóricos que abordam a psicomotricidade, o neurodesenvolvimento e as necessidades específicas de crianças com TEA, buscando identificar como intervenções psicomotoras podem favorecer a autonomia, a comunicação e a interação social. A partir da análise dos autores revisados, observa-se que crianças com TEA apresentam desafios relacionados à coordenação motora fina e global, equilíbrio, percepção espacial e controle postural, fatores que influenciam diretamente o desempenho escolar. As práticas psicomotoras surgem como recurso capaz de estimular essas funções e fortalecer competências essenciais para o processo educativo. Os resultados evidenciam que a psicomotricidade promove avanços no desenvolvimento motor e cognitivo, melhora as relações interpessoais, amplia a capacidade de expressão e contribui para a construção de vínculos afetivos significativos no contexto escolar. Conclui-se que essa abordagem representa ferramenta indispensável para a inclusão, pois favorece a participação plena da criança com TEA ao proporcionar experiências corporais que potencializam a aprendizagem e o envolvimento social. A atuação do professor de Educação Física revela-se essencial para integrar a psicomotricidade ao planejamento pedagógico, ampliando oportunidades de desenvolvimento integral e consolidando práticas educativas mais sensíveis, humanas e verdadeiramente inclusivas.