Políticas Públicas Socioambientais na Amazônia Brasileira:

O Que a Antropologia Tem a Ver Com Isso?

Resumo

O objetivo deste trabalho é explorar as possibilidades de discussão de políticas públicas socioambientais na Amazônia brasileira a partir da perspectiva da Antropologia. Para isso, utiliza-se, inicialmente, como fundamentação teórica, os estudos de Kohlhepp (2002), Castro (2017), Silva (2022), entre outros, que tratam da Amazônia brasileira enquanto território de interesses e conflitos. Em seguida, recorre-se aos estudos de Leirner (2013), Spiess (2016) e outros para abordar o papel da Antropologia no contexto das políticas públicas. Realizou-se, então, uma pesquisa bibliográfica no Portal de Periódicos da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de realizar uma análise qualitativa de trabalhos que contribuíssem para a discussão sobre os limites e as possibilidades do uso de perspectivas antropológicas na formulação, aplicação ou avaliação de políticas públicas socioambientais na Amazônia brasileira. Como resultado da revisão de sete produções acadêmicas, obtevese uma visão geral sobre investigações antropológicas com enfoque político e ambiental na Amazônia brasileira. Constatou-se a predominância de estudos desenvolvidos junto a populações impactadas por políticas públicas na região e a aplicabilidade da disciplina principalmente na avaliação dessas políticas.