PIB e Desenvolvimento Sustentável:
Evidências da Região do Planalto Norte Catarinense
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17781131Resumo
Este artigo analisa a relação entre o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o Índice de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS) nos municípios da Região Imediata de Mafra (AMPLANORTE), em Santa Catarina, entre 2012 e 2022. A pesquisa parte de uma abordagem qualitativa e quantitativa, ancorada em três eixos teóricos: identidade cultural e globalização; crescimento e desenvolvimento econômico; e desenvolvimento endógeno com foco nos recursos produtivos locais. A metodologia inclui revisão bibliográfica e análise estatística com base em dados secundários de fontes oficiais, como IBGE e FECAM. Utilizase a média histórica do PIB per capita (2012–2022) e do IDMS (2012–2020), buscando mitigar distorções conjunturais. Os resultados indicam uma correlação positiva e moderada entre as duas variáveis (r = 0,39). A regressão linear revelou que cada acréscimo de R$ 1.000,00 no PIB per capita médio está associado, em média, a um aumento de 0,00121 ponto no IDMS. Municípios como Três Barras, Porto União e Canoinhas demonstraram desempenho acima do esperado, enquanto Papanduva, Irineópolis e Itaiópolis ficaram abaixo da tendência. Conclui-se que, embora o crescimento econômico contribua para o desenvolvimento sustentável, fatores como capacidade institucional, cultura local e articulação comunitária são determinantes para transformar renda em bem-estar. O estudo reforça a importância do desenvolvimento endógeno e propõe futuras análises multivariadas para aprofundar a compreensão das disparidades regionais.