A Evolução Linguística No Brasil:
Desafios e Possibilidades Antropológicas na Utilização da Língua Nheengatu
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17781513Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a evolução linguística no Brasil, destacando sua complexidade e dinamicidade influenciadas por fatores históricos, sociais, culturais e políticos desde a chegada dos colonizadores portugueses no século XVI. A pesquisa foca nas transformações da língua portuguesa falada no Brasil, que incorporou elementos de línguas indígenas, africanas e europeias, resultando na diversidade linguística regional e na riqueza lexical do país. A metodologia emprega uma abordagem qualitativa por meio de levantamento bibliográfico para compreender as mudanças linguísticas ao longo do tempo. O estudo explora a importância de teorias linguísticas, como o estruturalismo de Ferdinand de Saussure, e a teoria da enunciação, de Émile Benveniste, para entender a evolução e a diversidade das línguas. Os resultados revelam que o processo de evolução linguística no Brasil foi impulsionado pelo contato com diversas culturas, resultando em um “multilinguismo” que contribuiu para a formação do português brasileiro. O artigo destaca a língua Nheengatu, de origem Tupi-Guarani que, apesar de estar em declínio, permanece como um importante patrimônio cultural e linguístico na região amazônica. A discussão enfatiza a necessidade de revitalização e preservação de línguas indígenas como o Nheengatu, mediante programas educacionais e iniciativas de documentação linguística. O estudo conclui que a preservação das línguas indígenas é crucial para a manutenção da identidade cultural e da diversidade linguística no Brasil, considerando o impacto das mudanças sociais, econômicas e tecnológicas.